(Este filme,
infelizmente, é baseado em uma história real)
Assisti esses dias
um filme que ansiava muito para assistir, chamava-se I am Michael. I am Michael
conta a história do Michael Glatze (James Franco), que era um homem gay
assumido e vivia a sua vida com o Bennet (Zachary Quinto). A partir daqui, a “crítica”
terá spoilers, então se está lendo só para saber a minha opinião sobre o filme:
go ahead.
Até aí está tudo bem
na verdade, por que é muito interessantes vermos jornadas de ativismo, como em
Milk: A voz da igualdade, que trata do mesmo assunto, ativismo gay. Além disso,
em Milk, que é um filme muito bom, temos também o James Franco, então por que,
de um filme tão bom, veio uma decepção tão grande como I am Michael? As vezes
penso que o James Franco tem uma certa obsessão com filmes gays na verdade,
pareceu muito que ele não leu o roteiro do filme antes de fazê-lo, o que me é
muito estranho, já que ele tem sim muita influência em Hollywood, ou seja, tem
liberdade de escolha. Mas como eu ia dizendo antes, o filme seria ótimo se
falasse do ativismo do Michael, que na verdade, foi importante para a
comunidade LGBT em geral, mas a vida do Michael não foi essa né. Ele encontrou
Jesus Cristo rapaziada. E começou a atacar os gays (momentos). Eu sinceramente
fiquei mais irritada a cada momento enquanto assistia.
O James Franco, desde
o inicio do filme, parece interpretar propositalmente algum tipo de estereótipo
gay, uma voz fina (porém muito cínica) que narra o filme inteiro. Parece muito
que o Michael tem uma aura diferente dos outros personagens, tanto que eu só
peguei raiva dele, não dos personagens da igreja. Na verdade eu não tenho
problema nenhum com os personagens da igreja, o meu problema com o Michael foi
mais o que ele fez depois de entrar para a igreja. Não julgo o Michael se ele
disse que entendeu que não era gay, o
maior problema mesmo foi ele chegar pro ex namorado dele e chamá-lo de
pecaminoso, isso não é uma coisa que se faça, mesmo que se acredite. O Michael
não tem uma história digna de ser contada, e sim uma história de hipocrisia e intolerância,
hipocrisia não pela sua “revelação”, mas sim pelo que ele fez depois dela, e
sinto que o James Franco não deve nem ter lido o roteiro de I am Michael antes
de aceitar o papel.
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